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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Correr ou não correr resfriado?


Fonte: O2 por minuto

Esta é uma dúvida que poucas vezes atinge o corredor de verdade, entusiasta das passadas. Porém, ela deve ser ponderada quando o que está em jogo é a saúde.

Para alguns, correr com tosse, febre e nariz escorrendo é um suplício. A médica e meia-maratonista carioca Kátia Bloch, 48, afirma que já teve de treinar resfriada mais de uma vez: “Mas não é muito legal; cansa-se mais rápido e seu rendimento é mais baixo, porque se está no alto de suas capacidades físicas e biológicas”.

Já o profissional de marketing Rodrigo Araújo, 26, é mais cauteloso e conta que quando sabe que a enfermidade vai afetar o seu desempenho por dias a fi o, escolhe ficar em casa. “Do contrário, quando é somente uma dor de garganta ou nariz entupido, aí eu encaro meu treino”, conta.

Uma questão de intensidade

Segundo pesquisas da Ball State University, de Indiana, EUA, os sintomas comuns ao resfriado podem ajudar o sistema imunológico, estimulando-o a agir melhor, e, assim, ativando as defesas do corpo contra doenças. É o que sustenta Thomas Weidner, diretor do Laboratório em Pesquisa e Educação sobre Treinamentos Atléticos dessa instituição.

“Exercícios físicos estimulam o sistema imunológico”, disse. “Isso nos leva a acreditar que atividades físicas moderadas podem prevenir doenças como resfriados”, sugere Weidner. Seu grupo de estudos analisou 50 indivíduos que foram inoculados com o rinovírus (principal tipo de vírus associado a resfriados e constipações) e depois divididos em dois grupos. Vinte e cinco desses indivíduos correram, subiram escadas e pedalaram por 40 minutos ininterruptos a uma taxa de 70% de sua FC Máx. (frequência cardíaca máxima) todos os dias. Os 25 restantes foram instruídos a permanecer sedentários, restringindo seus exercícios a caminhadas até o trabalho ou local de estudos.

O grupo que se exercitou se sentiu melhor após os exercícios, mas nenhum dos dois grupos teve os sintomas piorados após o período da pesquisa. “Ninguém se sente bem quando está resfriado, principalmente quando tem sintomas na cabeça. Porém, nossa pesquisa mostrou que as pessoas mesmo assim podem se exercitar”, explica Weidner.

O cientista, porém, adverte: “A decisão de se exercitar deve se basear no local dos sintomas do resfriado. Exercícios leves a moderados são liberados e até indicados a pessoas com sintomas de resfriado localizados do pescoço para cima. Do contrário, se os sintomas também incluem os pulmões e o resto do corpo, o exercício não é recomendado”.

Com febre, nem pensar

O médico do esporte José Kawazoe Lazzoli tem opinião similar ao colega norte-americano. “Com qualquer infecção, não se deve treinar; com febre é absolutamente proibido”, afirma ele. Lazzoli explica o perigo:

“Entre outras complicações, pode-se desenvolver até uma miocardite [infecção no músculo cardíaco]”. Como nem todos os corredores são especialistas em infecções e seus sintomas, ele dá a regra: “Atente para seu estado geral. Caso sinta-se sem energia, não treine”.

Movimente-se!!!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Arthur Friedenreich: um ídolo do futebol, um exemplo de cidadania

Você conhece Arthur Friedenreich?

Ele foi o primeiro ídolo do futebol brasileiro e é considerado até hoje um dos maiores jogadores da história do nosso país. Além de um atleta excepcional, Friedenreich mostrou-se um cidadão que luta pelos seus ideais e pelos interesses da nação.

A revolução de 1932: o governo de Getúlio Vargas decide impor interventores para comandar os estados brasileiros. Inconformada, a elite de São Paulo decide reagir, exigindo eleições e uma nova constituição. Sem outra opção, os opositores da ditadura decidem pegar em armas e combater o governo com suas próprias mãos, em nome da liberdade e da lei. Entre os soldados, atletas famosos do esporte brasileiro, que tomam a decisão de deixar a vida esportista e se engajar na causa política. Arthur Friedenreich, jogador de futebol, ídolo da época, um dos representantes dos batalhões esportistas convocava seus companheiros pelo rádio. Junto a ele, nomes famosos do atletismo como João e Walter Rehder. Todos abriram mão de suas profissões, deixaram de competir importantes eventos, como as Olímpiadas de Los Angeles de 1932. No total, 1500 indivíduos vindos do esporte, craques forçados a interromper a carreira para entrar na guerra contra governo de Getúlio. (Fonte: lidebrasil.com.br)

Devemos muito a estes bravos atletas, que deixaram de lado o esporte, os seus sonhos e objetivos, e lutaram pelos direitos dos brasileiros.

Veja abaixo o vídeo produzido esporte espetacular.


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O início das ações táticas defensivas e ofensivas

Texto publicado no site: http://www.cidadedofutebol.com.br/
Desde os primórdios do séc. XIX, o futebol era uma correria enlouquecida atrás da bola e não havia qualquer equilíbrio entre defesa e ataque. Já quando fundada a Football Association em 1863 em Londres, começou-se a ouvir falar de sistemas e tática de jogo, termos que geram confusão até hoje entre os torcedores (FREITAS e VIEIRA, 2006).

Para definir de forma precisa, os autores acima citados mencionam que:

[...] sistema de jogo é a forma como o time está organizado em campo (os famosos 4-4-2, 4-3-3, 3-4-3, etc) e tática, são as estratégias utilizadas em campo para chegar à vitória (coberturas, marcações, jogadas ensaiadas, etc), ou seja, dois times podem jogar com o mesmo sistema de jogo e atuar de maneira totalmente diferente. (p. 99).

Certamente que, para se obter uma vitória num jogo não basta apenas jogadores repletos de talentos e de chutes precisos, mas sim, atletas que sejam capazes de compreender as ações defensivas e ofensivas da sua equipe e da equipe adversária, a fim de manter um equilíbrio dinâmico e constante quando preciso e provocar o desequilíbrio a favor da sua equipe em momentos decisivos, como quando há a possibilidade de se fazer um gol.

Em qualquer esporte, a defesa inicia-se durante o ataque, ou seja, a partir do momento em que o jogador não está atacando mais, ele passa a ser defensor, independente do local em que esteja no espaço de disputa: quadra, campo, piscina ou outro. Por isso, assegurar o equilíbrio ofensivo por “suportes”, ou seja, prever as possíveis respostas dos adversários, constitue formas de ação para não se cair numa situação de inferioridade tática (operacional), logo que a equipe perca a posse da bola (BAYER, 1994). Para este autor há alguns princípios fundamentais da defesa que ele chama de princípios operacionais de defesa que servem para nortear o processo educativo ou a ação de qualquer atleta em situação de jogo:

- recuperação da bola;

- incomodar a progressão do adversário para a baliza à defender;

- proteção da baliza ou do campo.

Da mesma forma ele define também princípios operacionais de ataque, em função dos quais se vão articular todas as ações coletivas e individuais:

- conservação da bola (ou do objeto) quando é recuperada;

- progressão para a baliza adversária;

- realização dum ponto, resultado lógico do ataque à baliza adversária.

Na aplicação destes princípios operacionais de defesa e de ataque, o jogador, que seja ou não portador da posse de bola, para ajustar a sua ação tática, deve analisar diversos variáveis. Entre elas temos:

- sua posição em campo (quadra ou outro espaço de disputa)

- posição da bola (ou do objeto disputado);

- espaços livres (sempre variáveis);

- posição dos companheiros e dos adversários;

- o objetivo a alcançar.

Depois de analisar todas as variáveis possíveis o jogador deve tomar sua decisão ou suas decisões constantemente, o que Bayer (1994, p. 48) chama de regras de ação: “(...) os fatores de execução, os meios de sistemática de base, para poder intervir de maneira eficaz e resolver problemas postos. Estes fatores consistem em ações que supõem um processo de raciocínio, de seleção e de combinações de processos técnicos específicos do jogo”. Algo que só pode ser definido pelo próprio jogador durante sua atuação.

Portanto, como colocado anteriormente, sistema de jogo é diferente de tática de jogo. Mesmo que esses dois coexistam durante um jogo, podemos ensinar os diferentes sistemas de jogo a qualquer jogador, mas a tática do jogo, as decisões que o jogador pode tomar durante uma partida não há como lhe ensinar, pois estas são muitas, talvez milhares. O que é possível fazer é torná-lo inteligente para tomar suas decisões, ou seja, ensinar-lhe a analisar o jogo para decidir e não mecanizar suas ações. Inclusive, se prestarmos atenção nos melhores atletas de esportes coletivos, inclusive de futebol, os considerados melhores do mundo, o que nos encanta em seu jogo é a sua inteligência para tomar decisões táticas.

Referências bibliográficas

FREITAS, ARMANDO; VIEIRA, SILVIA. O que é futebol. Rio de Janeiro: Casa da Palavra: COB, 2006.

BAYER, CLAUDE. O ensino dos desportos colectivos. Lisboa: Dina livros, 1994.