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quinta-feira, 10 de março de 2011

Esclareça mitos sobre como acabar com o acúmulo de gordura na barriga



Todo mundo conhece uma receita para emagrece e perder a barriga. Apelar para cintas compressoras, roupas que estimulem o suor na região da cintura e equipamentos específicos para fazer abdominais são algumas medidas recomendadas por aí. Mas será que elas surtem efeito? Para tirar a dúvida, o UOL Ciência e Saúde ouviu especialistas no assunto e conta, a seguir, o que é mito ou verdade.

1 - Vinagre de maçã ajuda a diminuir a gordura e afinar a silhueta

Mito. Segundo o endocrinologista Marcio Mancini, do Hospital das Clínicas de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), nehum tipo de vinagre ajuda a diminuir a gordura. O mesmo vale para o suco de limão.

2 – A Caralluma Fimbriata e outros produtos vendidos para emagrecimento possibilitam a perda de peso sem regime

Mito. Mancini avisa que a Caralluma não é remédio, mas um suplemento alimentar que nem possuía registro na Anvisa e estava sendo vendido ilegalmente no Brasil. Ele explica que outros remédios existentes no mercado tentam, de alguma forma, ajudar a controlar os hábitos alimentares, ou a eliminar parte da gordura ingerida (sem deixar que seja absorvida). De acordo com o médico, eles auxiliam, mas não resolvem o problema sozinhos.

3 - É possível perder gordura numa parte específica do corpo com exercícios localizados

Mito. Exercícios localizados utilizam gordura fornecida pela corrente sanguínea e não pelo tecido adiposo da região que está sendo trabalhada. O que é possível com esse tipo de exercícios é fortalecer a musculatura da área treinada. Com a musculatura tonificada, a região fica mais “durinha”, o que pode melhorar a aparência. Segundo Mancini, se a pessoa vai emagrecer mais no abdômen ou nas coxas, isso vai depender da predisposição genética de cada um.

4 - É possível perder gordura só na barriga

Mito. Mancini explica que as pessoas primeiro engordam na periferia do corpo (embaixo da pele, nos membros, nádegas, quadris), mas elas têm uma capacidade determinada geneticamente para ganhar peso nessas regiões. Depois que as células gordurosas da periferia ficam repletas, começa a ser armazenada gordura no abdômen, tanto embaixo da pele como profundamente, nos vasos e nos órgãos. Algumas pessoas praticamente não ganham peso na periferia (em geral homens de pernas finas, que quando engordam ganham peso no abdômen) e outras podem ganhar muito peso na periferia (em geral mulheres de quadris e coxas avantajados, que não engordam muito no abdômen). Para emagrecer, o processo é o mesmo.

5 - A caminhada é melhor que a corrida para queimar barriga

Mito. Mancini comenta que caminhar é ótimo, mas evidentemente correr aumenta mais o gasto calórico do que andar. A corrida é um exercício mais intenso que a caminhada e por isso causa um maior gasto calórico e consequente emagrecimento. É claro que tudo depende de quem está praticando. Para os mais sedentários, com menor condicionamento físico, a corrida pode ser um exercício intenso demais, e a pessoa não consegue manter o tempo suficiente para o emagrecimento. Nesse casos, a caminhada é mais indicada. Também em obesos e pessoas com problemas no aparelho locomotor, a corrida pode ser contraindicada por causa do impacto, sendo a caminhada uma boa opção (dentre outras).

6 - Os exercícios aeróbios são melhores pra perder gordura que os exercícios anaeróbios (como a musculação)

Parcialmente verdade. Os exercícios aeróbios são muito importantes para a saúde cardiovascular e, especialmente nos dois primeiros meses, muito eficientes para e perda de peso. Mas, como mostra o professor Paulo Gentil, do Grupo de Estudos Avançados em Saúde e Exercícios (Gease), em seu livro “Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas”, os exercícios anaeróbios intervalados (como por exemplo alternar 1 minuto de corrida na maior intensidade possível e 1 minuto de caminhada para descanso) se mostraram mais eficientes que os aeróbios em períodos superiores a dois meses. Mesmo nos dois primeiros meses, os exercícios intervalados apresentaram resultados semelhantes aos aeróbios, mas com menor perda de massa muscular. É importante não confundir perda de peso absoluto e emagrecimento. A perda de massa muscular diminui o peso, mas também diminui o metabolismo, podendo aumentar a tendência a engordar. A manutenção da massa magra é importante para a saúde do indivíduo (como massa magra entendemos tudo que não é gordura, em especial estamos falando de ossos e músculos que são pesados e podem causar diferenças significativas na balança). Os exercícios resistidos (como os de musculação) normalmente não são tão eficientes para a perda de peso quanto os aeróbios e os intervalados. Mas o Mancini explica que, quando se aumenta a massa muscular com os exercícios de resistência, o corpo passa a queimar mais calorias (os músculos utilizam muita energia para se manter). Portanto, os dois são importantes.

7 - Beber chope e cerveja aumentam a barriga

Parcialmente verdade. Essas bebidas têm calorias e podem engordar. Mas, como explica Mancini, o cada um engorda nas regiões em que é predisposto geneticamente. Dependendo da pessoa, pode ser na barriga, ou em outros locais como quadris, glúteos, pernas etc. Segundo o personal trainer Beto Fernandes, cada grama de álcool tem aproximadamente 7 calorias, e um copo de 300 ml de chope tem algo em torno de 120 calorias. Logo, a bebida ingerida em excesso engorda. Mas não adianta substituir o chope por qualquer outra coisa. O refrigerante com açúcar, por exemplo, tem aproximadamente a mesma quantidade de calorias que a cerveja e pode engordar igualmente. Vale lembrar que os petiscos que acompanham a cerveja também participam desse aumento de consumo calórico.

8 - Usar cintas compressoras de abdômen ajudam a perder barriga

Mito. A cinta causa uma compressão local temporária, pode ser a solução para aquela festa onde você precisa estar com a aparência perfeita, mas a longo prazo é preciso se esforçar, cuidando da alimentação e fazendo exercícios. Não há milagres. Mancini diz que com a cinta você só perde barriga na silhueta. Além disso, o uso constante dessas cintas pode causar falta de força na musculatura postural, que acostuma com o suporte extra. O ideal é tentar se policiar para manter a postura e a barriga para dentro, fortalecendo os músculos do abdômen que sustentam a barriga, ajudando a diminuir o volume.

9 - Fazer longos períodos de jejum ajudam a emagrecer e perder barriga

Parcialmente verdade. O jejum emagrece, os os quilos voltam rapidamente assim que a pessoa volta a comer, como explica Mancini. Além disso, o jejum prolongado pode oferecer risco de vida.

10 - Fazer exercício em jejum potencializa a perda de gordura

Parcialmente verdade. Não há ainda comprovações sobre a eficiência dos exercícios feitos em jejum. Algumas pessoas parecem não se adaptar, apresentando até mesmo desmaios (o corpo induz o desmaio devido a falta de energia disponível) e algumas pessoas apresentam menor desempenho no exercício, pois o corpo diminui o metabolismo. Já outros se adaptam bem a esse tipo de treino. Existem pesquisas que demonstram que em jejum a mobilização de gordura para a atividade é maior, mas esse efeito é muito pequeno. Segundo o professor Paulo Gentil, uma forma de explicar por que algumas pessoas conseguem emagrecer se exercitando em jejum é a redução da ingestão calórica diária, pois a pessoa precisa se programar para passar de 8 a 12 horas sem comer, além disso, é necessária força de vontade e disciplina, que podem ajudar na dieta e treinos.

Para Mancini, o sacrifício não vale à pena: há risco de mal estar, tontura, hipoglicemia.

11 - Fazer exercício com muitas roupas para manter o calor ajuda a emagrecer

Mito. Mancini explica que simplesmente suar não emagrece. O mesmo vale para a sauna. Com o suor você perde água, por isso muitas vezes observamos efeito na balança logo depois do exercício, mas você terá que repor posteriormente essa água perdida.

12 - Exercícios abdominais diminuem a gordura da barriga

Mito. Fernandes explica que, se a barriga proeminente for fruto de flacidez, o exercício abdominal faz o músculo voltar à posição anatômica normal e o volume diminui. Agora, se a barriga for causada por excesso de gordura, o abdominal não vai adiantar. O gasto calórico nos exercícios abdominais é pequeno, por isso não exerce grande influência no emagrecimento.

Como resume Mancini, exercícios abdominais fortalecem os músculos. Já os exercícios aeróbicos diminuem a barriga.

Site: Uol

Por Ceres Prado

Fontes: Beto Fernandes, personal trainer; Marcio Mancini, médico do Hospital das Clínicas de SP e presidente do departamento da obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem); e Paulo Gentil, presidente do Grupo de Estudos Avançados em Saúde e Exercícios (Gease) e autor do livro “Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas"

Movimente-se !!!!


Os futuros talentos esportivos freqüentam as aulas de Educação Física. Mas, quem são eles?

Texto publicado no site: http://www.cidadedofutebol.com.br/

Em todos os esportes, sejam eles coletivos ou individuais, normalmente, existe a procura por crianças que demonstrem principalmente capacidades físicas e habilidades diferenciadas, e com isso, grande perspectiva de se tornarem atletas profissionais. Alguns serão escolhidos por meio de processos seletivos realizados nos clubes e outros por indicação de amigos, professores de Educação Física ou pessoas influentes dentro de um determinado ambiente esportivo. Este processo de identificação é um dos grandes dilemas da atualidade, no qual cabem estudos aprofundados com o intuito de não perder futuros potenciais atletas devido a falhas nos critérios utilizados.

Para Barbanti (2005), um ponto importante a ser observado é a tradicional divisão por idades, pois uma criança pode apresentar uma variação de até três anos no desenvolvimento físico. Por isso, são comuns casos de crianças que se destacam em uma faixa etária devido ao desenvolvimento diferenciado em relação aos colegas, e que, no processo natural de mudança de categoria, no qual as capacidades físicas estão mais equiparadas, não mantém aquela superioridade apresentada na fase anterior.

No futebol as chamadas “peneiras” são realizadas não só para selecionar garotos para serem treinados, mas também como fonte de captação de recursos. No entanto, infelizmente, por falta de competência administrativa dos mesmos, nem sempre, há um planejamento a longo prazo consistente e delineado que, com a venda de jogadores, após a profissionalização, possibilite um retorno financeiro suficiente para suprir os investimentos aplicados na formação dos atletas.

No mesmo sentindo, as famílias dessas crianças almejam um futuro financeiro melhor a partir do “sucesso” tão sonhado para seus filhos no ambiente esportivo do futebol, pois em um país em que as diferenças sociais são gritantes, com uma distribuição de renda extremamente injusta, uma “válvula de escape” para uma possível mudança social é o esporte, especialmente o futebol que é recheado de historias de superação e aumento considerável de poder aquisitivo, apresentado pela mídia.

Uma proposta diferente dos métodos tradicionais de detecção de talentos esportivos é o Projeto Descoberta do Talento Esportivo ocorrido em 2006, uma parceria do Ministério dos Esportes e do governo de Estado de Mato Grosso do Sul, por meio das secretarias de Educação (SED) e de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel). Os alunos de 20 escolas estaduais de Campo Grande, foram submetidos a um processo de identificação de potenciais talentos para o esporte, por meio de nove testes de aptidão física. Os alunos que apresentam talento para qualquer modalidade esportiva, serão cadastrados em um Banco de Talentos, do Ministério do Esporte. Este banco fica disponível no site do Ministério para ser consultado por entidade de esportes competitivos. Além disso, os alunos com talento para o tênis, futsal, atletismo e ginástica olímpica serão integrados ao Programa Estadual de Formação de Profissionais e Atendimento aos Alunos com Altas Habilidades/Superdotação, desenvolvido pela SED. Dentro do programa esses alunos receberão apoio e treinamento para que possam desenvolver suas potencialidades para o esporte.

Não se sabe se este projeto é o mais adequado para identificação de jovens talentos, mas, não se pode negar que no ambiente escolar nos deparamos com alunos diferenciados durante a prática de alguns esportes, principalmente o futebol, que no país é o esporte mais praticado. Até por essa influência cultural, algumas crianças apresentam extrema facilidade na pratica do futebol, não sendo mais desenvolvido devido à falta de oportunidades e incentivos.

A escola é um celeiro de jovens talentosos, portanto, caberia um projeto específico governamental ou privado para que potenciais não sejam perdidos e que não dependa apenas da boa vontade do professor para encaminhá-los a clubes ou escolinhas de esportes. É evidente que a proposta da Educação Física escolar não é e nem deve ser formar para o esporte profissional, só que fechar os olhos para futuros atletas não seria a melhor atitude, pois certamente estas pessoas freqüentam a escola e, conseqüentemente, as aulas de Educação Física.

Referências bibliográficas

BARBANTI, VALDIR J. Formação de esportistas. Editora Manole, 2005.

ALVES, VIVIAN DE CASTRO. Testes em 20 escolas estaduais destacam talentos esportivos. Sed, Mato Grosso do Sul , 20 abril 2006. Disponível em: http://www.sed.ms.gov.br/index.php?templat=vis&site=98&id_comp=213&id_reg=1712&voltar=lista&site_reg=98&id_comp_orig=213. Acesso em: 02 de novembro de 2007.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Conciliar cigarro e atividade física pode aumentar riscos a saúde



Fonte: GI

Escrito por: Tahiane Stochero e Mário Barra


Especialistas alertam para riscos

Antes ou depois das práticas esportivas, o fumo traz prejuízos, especialmente à capacidade de aproveitamento da respiração, condição necessária para o bom rendimento das atividades. “Quando você fuma e logo em seguida faz exercício físico, isso é desastroso, pois a sua pressão arterial aumenta. Para quem tem problema de hipertensão pode levar a complicações”, explica a médica Elnara.

O cigarro é também um fator de risco para doenças coronarianas. Por isto, quem fuma há anos e resolve praticar atividades físicas está exposto ao risco de infarto. “Antes de começar a fazer atividade física, (o fumante) precisa fazer um check-up cardiovascular e pulmonar completo”, recomenda Elnara. Caso os exames mostrem que o paciente está apto, ele pode se exercitar com níveis graduais de esforço, acompanhado de um especialista.

De acordo com o médico do esporte e fisiatra Mário Sérgio Rossi Vieira, o cigarro piora o rendimento tanto de atletas profissionais quanto de pessoas que praticam exercícios físicos regularmente. “O cigarro vai afetar entre 20% a 30% da capacidade cardiovascular do fumante”, explica o especialista do Hospital Albert Einstein.

Mário Sérgio alerta que nem mesmo quem fuma só depois dos exercícios escapa dos danos ao corpo. “Cigarro depois de exercício físico é perigoso, você está respirando de maneira forte e acaba inalando uma substância altamente tóxica.”

Fumar também leva a uma diminuição do muco no sistema respiratório. A substância protege o organismo contra agentes infecciosos como bactérias, vírus e partículas suspensas no ar poluído.

O cigarro ainda pode levar ao endurecimento de vasos sanguíneos, fenômeno que aumenta a pressão arterial, e ao surgimento de aterosclerose - placas de gordura que aparecem na parede de artérias e veias.


Atletas em risco

A médica pneumologista Elnara Negri explica que o dano do cigarro ao corpo também é notado na destruição das membranas que envolvem as células do corpo e na alteração do DNA. São sintomas conhecidos como estresses oxidativos.

Segundo Elnara, atletas de alto rendimento como maratonistas podem ter a saúde comprometida pelo fumo, pois o estresse oxidativo é piorado. “São pessoas que já têm um envelhecimento mais precoce. Com a ação do cigarro, a destruição do corpo é potencializada.”

Na avaliação do médico do esporte e fisiatra Mário Sérgio, entre atletas de alto rendimento fumar é algo que se faz escondido. “Na minha experiência prática, eu raramente vejo um atleta sendo um fumante rotineiro”, afirma Mário. “Eles podem fumar no final de semana, esporadicamente, quando a gente não pode fiscalizar, mas é muito raro entre os atletas sérios.”