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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Em movimento contra a endometriose

No Brasil, 6 milhões de mulheres sofrem com a endometriose. A gravidez tardia e em menor número, está entre as principais causas da doença. As mudanças socioculturais interferiram também no ciclo menstrual da mulher moderna. No começo do século passado, uma mulher menstruava cerca de 40 vezes ao longo da vida, porque tinha muitos filhos, um atrás do outro. Hoje, a mulher menstrua, em média, 400 vezes. “Com essa mudança de comportamento, muitas mulheres apresentam mais refluxo menstrual e maior predisposição para a doença”, explica diz Mauricio Abrão, diretor do Setor de Endometriose do Hospital das Clínicas (HC) e um dos fundadores do Núcleo Interdisciplinar de Ensino e Pesquisa em Endometriose (NEPE).
A endometriose ocorre quando partes do endométrio, tecido que reveste internamente a cavidade uterina e é parcialmente eliminado pela menstruação, fixam-se em órgãos como ovários, ligamentos pélvicos, intestino, bexiga e apêndice. A endometriose pode provocar cólicas menstruais intensas (às vezes tão fortes que impedem a mulher de manter sua rotina), dificuldades para engravidar e até mesmo levar a um quadro de infertilidade, quando não diagnosticada e tratada precocemente.
Os avanços da medicina e dos métodos de imagem são grandes aliados para o diagnóstico dessa condição. Entre as ferramentas disponíveis para o diagnóstico por imagem da endometriose, a mais utilizada hoje é a ultra-sonografia transvaginal com preparo intestinal. “O exame é muito eficiente porque possibilita, com excelentes resultados, a identificação dos focos de endometriose nos ovários e na pelve”, explica Luciana Pardini Chamié, radiologista do Grupo de Abdome do Fleury Medicina e Saúde. Para os casos mais complexos, com múltiplos focos da doença ou quando há um processo aderencial muito intenso, a ressonância magnética da pelve contribui e complementa a avaliação.
 
São inúmeros os benefícios da atividade física para a saúde. Entre eles, está o combate a essa doença, que já atinge uma em cada dez mulheres
Correr, nadar, pedalar... você já deve ter ouvido que a prática de alguma dessas atividades físicas é benéfica para pulmões, coração, músculos. Mas manter o corpo ativo pode ter muitos outros benefícios que você desconhece. Além do bem-estar físico, eles podem ser aliados importantíssimos na prevenção da endometriose, doença que hoje atinge entre 10% a 15% das mulheres em idade fértil no mundo. A prática de atividade física regrada libera no organismo um hormônio chamado beta-endorfina. Quando ele entra em ação, diminui a quantidade de outro hormônio, o estrogênio, que está relacionado ao desenvolvimento dessa doença.

Além disso, desde que bem orientado, o exercício físico equilibra o sistema imunológico da mulher. E, embora as causas da endometriose ainda não estejam bem estabelecidas, alterações do sistema imune estão entre os fatores mais implicados no aparecimento da endometriose. “Para que atue como coadjuvante da imunidade e da regulação hormonal, a atividade física deve ser feita com intensidade e freqüência semanal adequada, respeitando os limites de cada organismo”, diz Abrão.

A atividade física também ajuda a combater o estresse, outro fator associado com a endometriose. Segundo Abrão, o estresse se relaciona com o distúrbio de duas maneiras: alterando o funcionamento hormonal ou baixando a imunidade. Em situações muito estressantes, há um pico de liberação de adrenalina no organismo e, conseqüentemente, um estímulo hormonal inadequado. Isso pode gerar alterações menstruais (na ovulação ou até sangramentos). “Há evidências que mostram que, por ser a endometriose uma doença que envolve imunidade, trabalhar em situações de estresse pode desenvolvê-la e agravá-la”, afirma o especialista.
 
Movimente-se !!!!
 

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