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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Treinar com muita roupa emagrece?


Quem já viu pessoas correndo no verão com blusas de mangas compridas e toucas? E nas academias, quantas vezes você presenciou pessoas na esteira ou até mesmo na sala de musculação cheias de roupas? Muito provavelmente você já deve ter visto ou conheceu alguém que utilizou essas estratégias.

Qual será o objetivo dessas pessoas? EMAGRECER !!!!!

Infelizmente, isso não vai acontecer.

O excesso de roupa pode elevar a temperatura corporal e provocar a desidratação (o organismo tem menos água que necessita), tendo como consequência uma diminuição no desempenho durante o exercício. O aumento excessivo da temperatura corporal não irá maximizar a perda de peso, mas pode trazer consequencias mais severas ao organismo, como é o caso da hipertermia. A hipertermia acontece devido a uma sobrecarga dos mecanismos termoreguladores do corpo, elevando a temperatura corporal acima dos 40°.

Causas da Hipertermia:

- Exposição a ambientes com temperatura elevada;

- Fatores que impedem o mecanismo de perda de calor;

- Prática excessiva de atividade física;

- Desidratação;

- Intoxicações diversas;

- Por agentes patológicos.

Sintomas:

- Suor intenso;

- Confusão Mental;

- Câimbras;

- Náuseas;

- Vômitos;

- Aumento da frequência cardíaca;

- Respiração intensa;

- Ansiedade;

- Perda de Coordenação.

O consumo de água durante a prática de exercícios físicos é essencial, assim como a utilização de roupas apropriadas para cada tipo de atividade. Em dias quentes ou nas academias, escolha sempre roupas leves, pois isso ajudará o seu corpo a regular a temperatura corporal de maneira adequada. Dessa forma, você irá melhorar o rendimento durante o treinamento e, consequentemente, alcançará o seu objetivo.

Emagrecer exige reeducação alimentar e exercícios físicos regulares, sempre com o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar composta por: médicos, nutricionistas e profissionais de educação física.

Movimente-se !!!!

Leia no Blog:

- Qual é o melhor exercício aeróbio: esteira, bike ou transport?

- A balança: musculação emagrece ou não?

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Suplementos (parte II): proteínas e aminoácidos


Hoje o tema é: proteínas e aminoácidos

Whey Protein

- É uma proteína extraída do soro do leite.

- Tipo: pó em diversos sabores.

- É o suplemento ideal para quem malha pesado, pois a proteína alimenta os músculos e evita o catabolismo.

- Dose recomendada: duas medidas em um copo de água (200ml), duas vezes ao dia.

- Tomar ao acordar (ou antes de dormir) e logo após a sessão de musculação.

Soy Protein

- É proteína isolada de soja.

- Tipo: pó.

- Proporciona os mesmos benefícios do whey protein: estimula o crescimento e a recuperação dos músculos após o treino. A proteína da soja é rica em isoflavona, que previne osteoporose e câncer de próstata.

- Dose recomendada: três medidas de 60 gramas, dissolvidas no leite três vezes ao dia.

- Quando tomar: de preferência no café-da-manhã, antes e depois da atividade física.

Creatina (proibida no Brasil)

- É uma substância produzida pelo organismo, também encontrada na carne vermelha.

- Tipo: pó, tabletes e líquido.

- Aumenta a força e potencializa o ganho de massa muscular (hipertrofia)

- Dose recomendada: em geral, na primeira semana, a dose é de 20 gramas. Depois, bastam 5 gramas diárias.

- Quando tomar: as doses devem ser fracionadas ao longo do dia.

Albumina

- É a proteína da clara do ovo.

- Tipo: pó e tabletes.

- Como a whey e a soy protein, é uma proteína de alto valor nutritivo, que fornece nutrientes essenciais para o ganho muscular e a recuperação pós-treino.

- Dose recomendada: 20 gramas três vezes ao dia.

- Quando tomar: antes de malhar, no final do treino e antes de dormir.

Barras de proteínas

- É um alimento enriquecido com proteínas animais e vegetais, carboidratos, vitaminas, minerais e gorduras saudáveis.

- Tipo: barras de 50 gramas, em média, em diversos sabores.

- Ricas em whey e soy protein e BCAA , contribuem para o crescimento dos músculos. Evitam a fadiga pós-treino e a perda de massa provocada pelo catabolismo.

- Dose recomendada: duas barras por dia.

- Quando comer: antes ou depois da atividade física ou como lanche, entre as principais refeições.

BCAA

- Abreviatura de branch chain amino acids (aminoácidos de cadeia ramificada), é a combinação de três aminoácidos, leucina, valina e isoleucina.

- Tipo: pó, tabletes e cápsulas.

- Estimula o crescimento muscular, contribui para o aumento de força e evita o catabolismo.

- Dose recomendada: duas cápsulas, duas vezes ao dia.

- Quando tomar: 30 minutos antes e imediatamente após o exercício.

Glutamina

- É um aminoácido encontrado em fontes de proteínas, como carne, leite e soja.

- Tipo: pó.

- Promove aumento muscular e nutre as células imunológicas, estimulando a produção de anticorpos. Por minimizar a fadiga resultante da síndrome de overtraining (OTS) é indicada para quem treina pesado.

- Dose recomendada: 5 gramas duas vezes ao dia.

- Quando tomar: após a atividade física e ao deitar.

Aminoácidos líquidos

- Nutrientes obtidos pela quebra da molécula de proteína em pequenas partículas.

- Tipo: líquido.

- Por meio do processo químico chamado hidrólise enzimática, a proteína é fragmentada em “pedaços” microscópicos, mais facilmente digeridos pelo organismo, favorecendo o crescimento e a recuperação muscular depois da malhação.

- Dose recomendada: quatro colheres de sopa, de uma a quatro vezes ao dia.

- Quando tomar: antes e após os exercícios.



terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A ginástica auxiliando no desenvolvimento de crianças autistas

Esta reportagem do esporte espetacular mostra a importância do esporte para o desenvolvimento das crianças com autismo, é simplesmente sensacional !
Aproveito para homenagear o Prof. Rodrigo pelo trabalho que realiza, pois a melhora na capacidade motora e na linguagem das crianças é devido a sua dedicação e ao carinho que transmite aos seus alunos, e principalmente por ter a sensibilidade de perceber os pequenos gestos e conseguir se comunicar com eles.
A alegria e o sorriso destas crianças ao praticarem a ginástica é o reconhecimento dos seus alunos por este lindo trabalho.
Frase dita pelo menino Gabriel "não existe caminho para a felicidade, felicidade é o caminho".
Parabéns Prof !!!!


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Exercícios físicos fortalecem o sistema imunológico


Praticar exercícios físicos com regularidade pode ser um das maneiras mais simples de se prevenir contra resfriados. Isso porque manter o corpo em forma não é uma questão meramente estética. De acordo com um artigo publicado no British Journal of Sports Medicine, a atividade física é responsável ainda por fortalecer o sistema imunológico contra organismos invasores.

Em adultos, o resfriado pode aparecer de duas a cinco vezes por ano. Para os cientistas, essa variação está diretamente relacionada ao estilo de vida de cada um. As atividades recomendadas, no entanto, não precisam muito severas - basta que você se sinta em forma e saudável. “Praticar exercícios físicos nos faz sentir melhor e agora há ainda mais evidências que comprovam isso”, diz Steve Field, diretor do Royal College of General Practitioner.

Do estudo participaram 1.000 voluntários, que foram questionados sobre estilo de vida, dieta e situações de estresse. Todos tiveram de manter um registro detalhado sobre resfriados, tosses, espirros e prática de exercícios. Homens casados e mais velhos tiveram uma frequência menor de resfriados, já que tem tendência a comer mais frutas.

Mas foram as atividades físicas que se mostraram mais importantes na prevenção do resfriado. Aqueles que se sentiam em forma e eram ativos tinham um risco reduzido em até 50% de ficarem gripados. E, mesmo quando sucumbiam ao vírus, seus sintomas eram bem inferiores aos dos demais.

Fonte: Medplan - 03/11/2010


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A importância da prática de outros esportes coletivos para a aprendizagem do futebol

Texto publicado no site: http://www.cidadedofutebol.com.br/

No processo ensino-aprendizagem do futebol é notória a preocupação dos técnicos ou professores com o treinamento dos fundamentos básicos. Os alunos realizam atividades específicas para o aprimoramento do passe, drible, condução, domínio de bola, chute, desarme e cabeceio. A importância empregada a essas características acontece devido à utilização constante das mesmas durante o jogo e porque formarão a base para que, posteriormente, se desenvolvam os fundamentos derivados que são: cruzamentos, cobranças de faltas, cobranças de pênalti, lançamentos, tabelinhas (SCAGLIA, 2003). Mas, para que o aluno execute os movimentos específicos do esporte, é necessário utilizar algumas capacidades físicas, que Freire (2003) em seu livro “Pedagogia do Futebol”, denomina como habilidades inespecíficas para o futebol. Entre essas, podemos citar a velocidade, agilidade, flexibilidade e a resistência entre outras.

Nas categorias de base podemos trabalhar essas habilidades inespecíficas com atividades lúdicas nas quais os fundamentos do futebol estão inseridos, como também a utilização de outros esportes, proporcionando ao aluno experiências diferentes para o aumento do seu acervo motor e conhecimento de esportes divulgados pela mídia que eventualmente ainda não conheçam. Desta forma, é possível fazer com que as crianças gostem da pratica esportiva em geral e que carreguem este sentimento durante toda sua vida, pois, sabemos que a maioria dos alunos de escolinhas de futebol e clubes, dificilmente alcançam o sonho de se tornarem jogadores profissionais.

Para tanto, é necessário que o aluno vivencie situações pertinentes aos esportes coletivos. Para facilitar esse ensino, Bayer (1994) caracteriza 6 denominadores comuns para a organização do ensino dos esportes coletivos:

1. terá uma bola que pode ser lançada com pés ou mãos;

2. um terreno onde vai acontecer a partida;

3. um alvo a atacar ou a defender;

4. companheiros de equipe;

5. adversários;

6. respeito às regras.

Bayer (1994) orienta que todos os esportes coletivos têm esses denominadores comuns e podem ser aplicados em qualquer situação, pois na prática de qualquer um, a aprendizagem é transferida, pelo próprio aluno, para qualquer outro esporte coletivo. Assim, além de desenvolver as habilidades inespecíficas, as noções táticas também poderão ser assimiladas e transferidas para a prática do futebol propriamente dito.

Tal idéia pode ser relacionada ao handebol e basquetebol, esportes bem difundidos no ambiente escolar, como também, ao rugby, que em nosso país é pouco praticado e não tem espaço na mídia, a não ser nos canais pagos, ocasionando um desconhecimento por parte dos alunos. Como a intenção da proposta é diversificar e trabalhar outros esportes além do futebol, o rugby por exemplo, poderia ser uma alternativa interessante por ser uma novidade para muitos alunos. Apesar das peculiaridades apresentadas pela modalidade, o professor poderá adaptar as atividades para que todos participem, que por sua vez, por meio dos deslocamentos, do altruísmo dos jogadores de ataque e de defesa, noções de profundidade, lateralidade, noção de tempo e espaço para interceptação dos passes do time adversário, serão trabalhadas as habilidades inespecíficas, como a noção de trabalho em equipe, características fundamentais também para o bom desempenho no futebol.

Com isso, também evitamos a especialização dos movimentos em apenas um esporte, um processo que pode acontecer precocemente, devido a não prática de outros esportes por aquelas crianças que treinam em escolinhas de esportes, como de futebol. Esta exclusividade ao futebol muitas vezes se relaciona ao desconhecimento dos pais e do próprio técnico ou professor sobre o desenvolvimento motor, o que pode resultar na pobreza do acervo de conhecimento da criança. Por isso, a intenção desta proposta é cada vez mais diversificar as experiências para que o aluno possa buscar mais facilmente soluções para os desafios encontrados durante uma partida de futebol, como também despertar o sentimento de prazer relacionado aos esportes, fazendo com que mesmo que não jogue profissionalmente, continue praticando algum esporte ou realizando atividades físicas, pelo prazer da prática, da aprendizagem.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BAYER, CLAUDE. O ensino dos desportos colectivos. Lisboa: Dinalivros, 1994.

FREIRE, JOÃO BATISTA. Pedagogia do futebol. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.

SCAGLIA, A. J. Escola de futebol: uma prática pedagógica. In: NISTA-PICCOLO, VILMA (Org.). Pedagogia dos esportes. 3 Ed. Campinas: Papirus, 2003.